segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

MENSAGEM O EXEMPLO DO ASTRO REI

O EXEMPLO DO ASTRO REI

         

          Um bom exemplo a ser seguido é o do Sol.

          É o Rei do Universo, mas ilumina o caminho dos seus súditos, ou seja, faz-se um servo humilde.

          É o maior dos astros, mas se esconde atrás de uma simples nuvem, ou seja, não quer aparecer sempre.

          Fica presente durante o dia, mas dá o seu lugar à noite para que a Lua brilhe, ou seja, sabe dar oportunidade aos outros.

          Dá sua luz a todos que dela precisam, ou seja, não exclui nenhum ser ou coisa.

          Pode não aparecer em um dia chuvoso, mas mesmo assim está presente no infinito, ou seja, passa confiança para os que dele necessitam.

          Siga o exemplo do Sol!

          Seja um servo humilde de seu próximo, ilumine o caminho dos outros, não queira ser o maior de todos, dê oportunidade de crescimento para as outras pessoas, não exclua ninguém e passe confiança para os que estão ao seu lado e necessitam de você.

 

Totalidade Humana II “Vidas Especiais”, Editora Caratinga, 2005. ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO.

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BIOGRAFIA ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

José Maria Cardoso, nasceu no dia 31 de janeiro de 1978, na cidade de Ipanema, Minas Gerais, Brasil. Formado no Curso Normal de Magistério na EE Coronel Calhau em 1995, Graduado no Curso Normal Superior em 2005 no Campus de Ipanema do Centro Universitário de Caratinga, Pós-graduado em Docência do Ensino Superior em 2007, pela Universidade Candido Mendes – RJ e Pós-graduado em Inspeção Escolar em 2011 pela Faculdade do Noroeste de Minas. Ele foi um dos vencedores do I e II Prêmio de Poesia Cidade das Palmeiras e o ganhador do II Prêmio de Literatura Infantil Marilene Godinho da Secretaria de Cultura de Caratinga. De maio de 2006 a dezembro de 2012 foi Analista Educacional Pedagogo, da Equipe Pedagógica, da Superintendência Regional de Ensino de Caratinga – MG. Atualmente é Analista Educacional Inspetor Escolar da Superintendência Regional de Ensino de Ponte Nova – MG. Palestrante e Contador de Histórias.

 

Outros Livros Editados do Escritor José Maria Cardoso:

1.      Totalidade Humana “Em Busca da Vida”, Editora Caratinga, 2004.

2.      Totalidade Humana II “Vidas Especiais”, Editora Caratinga, 2005.

3.      Conto, Reconto; Encontro Outro Conto, Editora Caratinga, 2008.

4.      Conto, Reconto; Encontro Outro Conto II, Editora Caratinga, 2010.

5.      I Prêmio de Poesia Cidade das Palmeiras, Editora Caratinga, 2010.

6.      A Rebelião dos Livros, Editora Caratinga, 2010.

7.      Recortes Poéticos, Editora Internacional EMOOBY, 2011.

8.      II Prêmio de Poesia Cidade das Palmeiras, Editora Caratinga, 2011.

9.      Ápeiron – Uma Última Esperança, Editora Internacional EMOOBY, 2011.

10.  Globalização Poética, Editora Caratinga, 2012.

11.  Poesia dos Momentos de Nós Dois, Editora Independente 2012.

 

Blog: escritorjmcardoso.zip.net

          www.escritorjmcardoso.blogspot.com

 

E-mail: escritorjmcardoso@bol.com.br

             escritorjmcardoso@hotmail.com

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POESIA CÔMICO NAMORADO

CÔMICO NAMORADO

 

Meu namorado engraçado

Doce e cômico namorado  

Você me faz sorrir

Com o meu coração

 

Seus olhares são jocosos

Impossíveis de fotografar

Sua boca é um tesouro

Que eu preciso encontrar

 

Você é minha obra de arte

Espero de seus sonhos fazer parte

Sua voz é minha música predileta

Seu valor é infinito, uma fortuna incalculável

 

Você sabe abrir a boca para falar

Você é inteligente; eu que sou carente

Não mude seu cabelo por mim, não faça nada por mim 

Não faça o meu coração novamente chorar

 

Se você se importa comigo, fique aqui 

Se não fosse meu namorado, seria meu melhor amigo

Fique meu cômico e engraçado namorado

Não quero que você vá embora, fique aqui mais este instante

 

Eu acho que do contrário, sem você eu não teria chance

Chance de acordar a cada novo amanhecer do nosso romance

Prepare-se! Sua vida vai dar uma sacudida arrebatadora

Este lugar em que está vai virar um paraíso sem outro igual

Estou voltando para os seus braços sem objeções, para ficar. 

 

 

 

LIVRO Globalização Poética, Editora Caratinga, 2012. ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

 

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domingo, 8 de dezembro de 2013

POESIA SENHOR TEMPO

SENHOR TEMPO

 

Este senhor tempo

Que transforma o menino

O menino pequeno e triste

Em um homem grande e alegre.

 

Este senhor tempo

Que revela a dor

A dor de viver

De viver sem sonhos.

 

Este senhor tempo

Que é rápido e lento

Rápido na felicidade

Lento na tristeza.

 

Este senhor tempo

Que não deixa espaço

Espaço para reclamar

Do que não se viveu.

 

Este senhor tempo

Este senhor sem tempo

Que não quer saber que

Este é o meu momento no tempo.

 

 

ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO. LIVRO LABIRINTO POÉTICO.

 

LABIRINTOPOETICO

domingo, 29 de setembro de 2013

FOTOS PALESTRA IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA PONTE NOVA

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INSPETOR ESCOLAR / ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO FOTOS PALESTRA IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA PONTE NOVA MG

POESIA PERFUME DE ALFAZEMA

 

PERFUME DE ALFAZEMA

 

Tudo vale a pena

Perfume de alfazema

O beijo da Jurema

Matar a saudade em um telefonema

As palavras certas em um poema

Viver e crescer na vida sem dilema.

 

 

LABIRINTOPOETICO

 

LIVRO LABIRINTO POÉTICO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

segunda-feira, 22 de julho de 2013

POESIA SAUDADES DELA

 

SAUDADES DELA

 

Vento na janela

Saudades dela

Que está em terras distantes

Não sou mais feliz como antes.

 

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LIVRO LABIRINTO POÉTICO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

POESIA RETRATO DO POETA

 

RETRATO DO POETA

O escritor de tantos contos,

que a tantos cantos encanta,

com palavras puras de sonho,

saudade presente na lembrança,

doce fulgor da esperança,

símbolo da perseverança,

do cultivo da fé, do renascer do poeta

como a fênix que ressurge das cinzas.

 

Pensamentos deveras brilhantes,

que a todos cativa, emociona,

com palavras puras de sonho,

saudade presente na lembrança,

sereno conto, tênue reconto,

prazeroso outro conto...

em cada página escrita

em cada frase lida.

 

Faz surgir o sorriso no pranto,

refletir o valor do encontro,

com o poeta do conto, do reconto,

e viver o encontro outro conto,

na imensidão do que não está pronto,

mas que nasce em outro ponto,

no coração do escritor... do poeta...

dos que leem o seu conto...

 

E não termina, pois em cada canto,

inspirando outro tanto; o poeta escritor

sempre vai viver, escrever e dizer:

Conto, reconto, encontro outro conto

Uma, duas, três, infinitas vezes.

 

ESCRITORJMCARDOSO

LIVRO LABIRINTO POÉTICO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

POESIA ESTÚPIDOS E VAZIOS

 

ESTÚPIDOS E VAZIOS

Homens tão violentos

Homens tão desiguais

Homens tão estúpidos

Homens tão vazios por dentro

Homens tão cheios por fora

Homens tão sem esperança

Homens tão cheios de sabedoria,

Mas que perderam a fantasia inocente da criança.

coleção completa livros escritor josé maria cardoso

 

LIVRO LABIRINTO POÉTICO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO.

POESIA CONQUISTA

 

CONQUISTA

Conquistar é chamar a atenção,

Chamar a atenção para o que já estava ali

Mas ninguém percebia sua presença.

Conquistar é acabar com a indiferença.

 

LIVRO LABIRINTO POÉTICO

LIVRO LABIRINTO POÉTICO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

POESIA QUERO… QUERO!!!

 

EU QUERO... QUERO!

Eu quero ler os teus sinais

Interpretar os teus códigos

Desvendar os teus labirintos

E confrontar com a sua sensibilidade.

LABIRINTOPOETICO

sexta-feira, 17 de maio de 2013

CONCURSO POESIA - Sesc Cornélio Procópio - 29º Festival Poético

As inscrições do 29º Festival Poético já iniciaram.

O regulamento e a ficha de inscrição podem ser retiradas no seguinte link:

http://www.sescpr.com.br/cultura/literatura/festival-poetico/

Informações:

Ana Carolina de Azevedo Mello|  Assistente Administrativo

Biblioteca
Av. Nossa Senhora do Roccio, 696  |  CEP 86300000|  Cornélio Procópio - PR
Tel: (43) 39041607 | email: anamello@sescpr.com.br | www.sescpr.com.br

 

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

LIVRO INFANTIL COMPLETO E INÉDITO “O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO”

LIVRO INFANTIL O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO

O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO

Neste livro, encontramos a história de um pássaro que passa por momentos difíceis ao se apaixonar por uma garota.

Um livro que demonstra que os sonhos podem-se concretizar em um momento ou outro, só dependendo da força de vontade com que buscamos concretizar nossos objetivos. Sonho que se torna realidade para quem não desiste de lutar.

* * *

Dedico esta obra às pessoas que sonharam

juntamente comigo e que possibilitaram a

concretização de mais este sonho.

A Deus, o Rei dos Reis,

aos meus familiares, aos amigos

de trabalho da SRE e a todos que

vivem intensamente seus sonhos.

 

Quando queremos algo com muita expectativa,

devemos estar preparados para sua concretização,

para não sermos engolidos pela ansiedade.

José Maria Cardoso

 

O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO

Em um lugar distante, em um tempo também distante, vivia um pássaro. Não era um pássaro famoso, daqueles que se coloca um nome, mas um pássaro qualquer, daqueles que ninguém dá valor ou quer ver por perto.

O pássaro vivia sozinho, pulando de galho em galho, de uma árvore para a outra sem muita direção. Ele gostava de beliscar as frutas antes de madurarem e de quando em quando voava no céu azul, céu azul sim; pois naquela época, ainda não fora poluído pelas fumaças das chaminés das fábricas, pelos escapamentos dos carros...

Um dia, voando próximo de um castelo, o pássaro ouviu o som de muita música, risadas e até gritos de felicidade; só podia ser uma festa, foi o que ele pensou. Realmente, era uma festa muito bonita e animada. Parou em uma das janelas e passou a compartilhar daquele momento de felicidade para tantas pessoas.

Do coração do pássaro, começou a surgir um sentimento de profunda tristeza, bem em contraste com a alegria que vinha do salão, bem na sua frente. Do meio das muitas pessoas que estavam dançando, o pássaro viu surgir uma linda garota. Cabelos negros como a noite, olhos espertos como de uma fera durante a caça, rosto meigo, um sorriso mais lindo que o luar, pele morena e corpo estilo violão. O pequenino coração pássaro praticamente parou de bater naquele momento, foi uma paixão instantânea e arrebatadora.

Sonhando acordado, o pássaro pensou estar dançando bem agarradinho com aquela linda garota. Os dois, no centro do salão de festas, bailavam ao som de belas canções de amor, enquanto as outras pessoas da festa batiam palmas para a maestria que havia na dança do casal. Um casal que vivia um momento e um romance impossível, pois ele era um pássaro; ela uma garota.

Vindo, não se sabe de onde, uma pedra minúscula acertou a cabeça do pássaro, lhe tirando dos seus sonhos de paixão. Com a mesma velocidade da pedra, a realidade acertou o pobre pássaro. Pobre de amor, pobre por viver um amor impossível, pobre por conhecer o amor. Ele bateu as asas rapidamente, deixando para trás a festa, a imagem da garota e os seus melhores sonhos.

Muitos dias, muitos meses, anos passaram-se, e cada dia, o pássaro ficava mais tristonho. Há muito tempo mesmo, não mais pulava de galho em galho, nem beliscava mais também as frutas antes de madurarem. O medo de voltar ao castelo, ser novamente atacado por alguma pedra e a saudade da garota tirava a felicidade do pássaro. Em um certo momento, ele já estava tão fraco e triste que caiu do galho da árvore onde passara os últimos meses de sofrimento.

No chão, quase sem vida, o pássaro visualizou mais uma vez a imagem da garota dançando ao seu lado; sentiu saudade dos seus cabelos negros como a noite sambando ao som de uma linda música. Neste momento, ele pensou:

___ Talvez seja melhor ser um sapo. Os sapos não podem voar, não podem pular de galho em galho, mas quando são beijados por uma linda princesa tornam-se majestosos príncipes. E o melhor, sempre, o príncipe acaba casando-se com a princesa no final da história.

Com todas as forças que lhe restavam de seu corpo inerte, o pássaro implorou à Fada da Floresta:

___ Oh, Fada da Floresta! Quero que me transforme em um sapo, para um dia poder reencontrar a minha linda garota, minha querida princesinha!

O vento parou de soprar, as folhas das árvores silenciaram o seu murmúrio e o próprio tempo cessou seu movimento continuo, para poderem reverenciar a Fada da Floresta. A Fada da Floresta havia ouvido as súplicas do pássaro. Ela caminhou em direção ao pássaro, encostou sua varinha encantada na cabeça dele e transformou-o em um grande sapo: um sapo-boi. O pássaro, que agora era um sapo, olhou para a Fada da Floresta com muito carinho e saiu pulando para o lago mais próximo; todo feliz.

Os dias passam, as semanas passam, os meses passam, os anos chegam e nada do pássaro-sapo encontrar novamente a sua linda garota. Ele, agora, percebia que não havia feito uma boa escolha ao pedir para ser um sapo, pois sem voar era quase impossível chegar até as janelas do castelo e rever sua princesinha.

Vários anos depois, a garota, a princesinha do sapo, transformou-se em uma linda mulher; uma linda princesa cobiçada por todos os príncipes dos Reinos vizinhos. Ela era conhecida como a Princesa Formosa.

Um certo dia, a Princesa Formosa saiu para passear próximo do bosque onde havia um lago muito bonito. Mesmo estando sozinha, a princesa correu na relva, brincou com as borboletas, molhou os pés no lago e depois, deitou-se sobre um tronco velho de árvore para descansar e dormiu profundamente. Sem que ela percebesse a noite chegou. E com a noite, os bichos assombrosos da floresta começaram a rodear a princesa. A Princesa Formosa acordou assustada com a noite escura e com o som horrível que era produzido pelos bichos. A cada segundo, ela ficava mais apavorada e sem saber que rumo tomar naquela escuridão toda.

Os sons, produzidos pelos bichos, foram ficando cada vez mais fortes; na verdade, insuportáveis para uma pessoa sensível como a Princesa Formosa. Ela estava realmente apavorada e preste a perder a consciência de tanto medo. Mas eis que rapidamente, como em um passe de mágica, outro som começa a abafar os anteriores. Era o som realizado por um sapo-boi, que coaxava sem parar. O som produzido pelo sapo-boi conseguiu afugentar os outros bichos, que foram para o outro lado do bosque. Um silêncio profundo envolveu novamente o ambiente. Ainda em estado de choque, a Princesa Formosa caiu no chão, já desmaiada.

No outro dia, os primeiros raios do sol fazem com que a princesa acorde de vez de seu pesadelo da noite anterior. Do seu lado estava um enorme sapo-boi, como que mantendo a guarda dela. A princesa olha para o sapo-boi e sente enorme ternura por ele, pois sabia que fora aquele sapo o responsável por afugentar os bichos que a apavoraram durante a noite. A Princesa Formosa disse, com carinho:

___ Meu sapo-herói! Meu herói-sapo!!!

A Princesa Formosa segura o sapo entre as mãos, olha bem para os seus olhos lacrimejados e lhe dá um beijo de agradecimento e ao mesmo tempo apaixonado. Um feixe de luz invade o lugar e o sapo, o ex-pássaro, transforma-se em um homem; um charmoso príncipe. Um misto de espanto e felicidade invade os dois. Após alguns segundos de expectativa, o Príncipe Charmoso e a Princesa Formosa abraçam-se longamente, era um abraço apaixonado e agradecido.

O príncipe e a princesa voltam para o castelo, contam o acontecido para todos e daí a poucos dias eles casam-se e vivem felizes para sempre.

OBSERVAÇÃO: TEXTO ORIGINAL SEM EDIÇÃO / EDITORAÇÃO, ANTERIOR AO ACORDO ORTOGRÁFICO.

 

ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

sábado, 20 de abril de 2013

COLEÇÃO COMPLETA LIVROS ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

coleção completa livros escritor josé maria cardoso

 

1. Totalidade Humana “Em Busca da Vida”, Editora Caratinga, 2004.

2. Totalidade Humana II “Vidas Especiais”, Editora Caratinga, 2005.

3. Conto, Reconto; Encontro Outro Conto, Editora Caratinga, 2008.

4. Conto, Reconto; Encontro Outro Conto II, Editora Caratinga, 2010.

5. I Prêmio de Poesia Cidade das Palmeiras, Editora Caratinga, 2010.

6. A Rebelião dos Livros, Editora Caratinga, 2010.

7. Recortes Poéticos, Editora Internacional EMOOBY, 2011.

8. II Prêmio de Poesia Cidade das Palmeiras, Editora Caratinga, 2011.

9. Ápeiron – Uma Última Esperança, Editora Internacional EMOOBY, 2011.

10. Globalização Poética, Editora Caratinga, 2012.

11. Poesia dos Momentos de Nós Dois, Editora Independente 2012.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

CONTO DIALOGADO “COLOCANDO A CONVERSA EM DIA”

COLOCANDO A CONVERSA EM DIA

— Oi Vera, há quanto tempo?

— É faz muito tempo mesmo!

— Está indo para onde?

— Para Santo Antônio, mas estou levando somente uma das minhas crianças.

— Você tem quantas crianças?

— Três.

— Você já se casou?

— Casei que nada.

— Mas tem que casar?

— Casar, Deus que me livre disso!

— E a segurança de seus filhos? Você não pensa nisso?

— Não gosto de ficar presa a homem nenhum. Mulher casada é igual a passarinho na gaiola. Ainda quero um pouco de aventura nesta vida.

— É mesmo! E seu marido não tem ciúmes?

— Morre de ciúme de mim. Ele me trouxe no ponto e ficou dando uma porção de recomendações.

— E seus pais, como vão?

— Não gosto nem de lembrar. Os dois morreram no ano passado; com apenas uma diferença de trinta dias um do outro. O meu pai morreu primeiro e depois, de tristeza, a minha mãe também morreu.

— Foi alguma doença que pegou os dois?

— Nada de velhice mesmo.

— Você é a caçula lá da sua casa, não é?

— Não! Você não se lembra dos meus irmãos?

— Juro que não me lembro mesmo.

— Pois é! Eu sou a do meio. Tenho um irmão mais velho e uma irmã mais nova do que eu.

— Estou tentando puxar pela memória, mas acho que não lembro realmente deles.

— O meu irmão é o Jackson, mulherengo igual a ele eu desconheço. Ele já “juntou” com mais de umas dez mulheres. Só as que eu fiquei sabendo.

— Dez mulheres? Ele deve ser muito bonito?

— Que nada! Eu não entendo essas moças de hoje, não podem ver um homem em uma “motoca” que já vão logo querendo agarrar.

— E sua irmã?

— Ela acabou de ganhar um bebê.

— Ela é casada?

— Também não. Ela escondeu a gravidez até não poder mais. Quando ficamos sabendo, ela já estava com um barrigão enorme. Mas a criança é uma linda menina muito sorridente. Estou indo visitá-la.

— E agora, o pai da criança assumiu a responsabilidade?

— Que nada. O pai da menina é um adolescente como a minha irmã mesmo, daqueles que os pais é que sustentam pela vida afora. Depois que a criança nasceu, os dois terminaram o namoro e pronto.

— Nossa! Que história complicada a da sua família. Ainda bem que eu sou filha única.

— Sorte a sua mesmo. Família é muito bom por um lado, mas pelos outros lados dá um trabalho danado.

— E como a sua irmã está arrumando?

— A sorte dela, é que ela ficou com a casa em que moravam os nossos pais. Sem emprego e sem estudo ela só consegue cuidar da menina, sobrevivendo com o pouco que a gente pode ajudar e da caridade dos desconhecidos.

— Nossa!

— Quando alguém aparece para visitá-la, ela não cabe em si de alegria. Pois passa a maior parte do tempo sozinha, sem ninguém para conversar sobre as suas amarguras. Mas a vida é assim mesmo, cada um colhe o que plantou.

— É hora de descer.

— Até outro dia!

 

LIVRO DE CASO COM O ACASO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO. A SER LANÇADO EM BREVE.

 

DE CASO COM O ACASO

sábado, 19 de janeiro de 2013

CONTO “UMA FAZENDA, UMA ESTRADA E O PADEIRO”.

 

UMA FAZENDA, UMA ESTRADA E O PADEIRO

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Quando ficamos bastante marcados pelo tempo, passamos a pensar na infância com mais carinho. Da minha infância não posso reclamar. Fiz muitas peraltices e até travessuras mesmo. Eu morava, dos quatro aos oito anos de idade, em uma fazenda de gado; em uma casa na beirada de uma estrada que ligava uma cidade a um pequeno povoado. A minha casa era, como costumam dizer, em um “lugarzinho no meio do nada”, pois ficava tão longe da cidade quanto do povoado mais próximo e, para complicar mais ainda, sem energia elétrica. Por este motivo minha família ficava um pouco isolada; cultivando para comer e sem muita informação do que acontecia no campo da política, da cultura e até mesmo daquelas fofocas que as pessoas costumam dizer quando não tem algo realmente importante para uma conversa: quem morreu, quem se casou, quem se separou ou quem teve filho recentemente, etc. A nossa principal forma de contato com a cidade e fonte de informação era um padeiro ambulante que passava duas vezes por semana para vender, trocar e comprar quase que de tudo.

O padeiro ambulante (nunca fiquei sabendo o seu verdadeiro nome) percorria em sua bicicleta de carga todos os caminhos que levavam às fazendas que ficavam próximas da estrada principal. O padeiro era a alegria das donas de casa e, principalmente, das crianças. As donas de casa gostavam dele porque podiam trocar os pães por produtos que elas faziam como broa de fubá, farinha de mandioca, biscoito de polvilho, entre outros; ou que coletavam como bananas, ovos caipiras, feijão preto, milho de pipoca e ervas medicinais. Por outro lado, as crianças gostavam dele por causa dos pequenos brinquedos e doces que o acompanhavam dentro da cesta grande de taquara em que carregava os pães.

Toda segunda e quinta-feira, eu levantava bem cedinho, lavava o rosto na água fria da bica e ia para a porteira que ficava ao lado da estrada, a uns trezentos metros de minha casa e em um ponto estratégico de observação. Eu subia na porteira e ficava esperando surgir ao longe a figura disforme do padeiro. O terreno da fazenda, que era uma grande vargem, e a estrada quase sem curvas possibilitava uma visão privilegiada e a grande distância. Por volta das seis horas da manhã já era possível avistar ao longe as cestas de taquara tampadas com um pano branco a refletir os primeiros raios do sol. Quando eu confirmava que realmente era o padeiro e sua bicicleta que estavam vindo, eu saia pulando e gritando rumo ao quintal de nossa casa e, logicamente, com toda está empolgação acordavam os meus quatro irmãos. Depois eu voltava e aguardava a aproximação vagarosa do padeiro.

À medida que o padeiro ia aproximando, ouvia-se o tilintar dos sininhos que estavam colocados nas cestas de taquara e que tocavam com insistência a cada buraco da estrada irregular. Quando ele chegava, eu já estava com a porteira aberta para ele poder passar sem descer da bicicleta. Com um sorriso no rosto, apesar dos poucos dentes na boca, e uma voz amiga ele dizia:

— Bom dia! Dona Maria está em casa hoje?

Dona Maria, era assim que minha mãe era conhecida na vizinhança. Na verdade nem era preciso dar aquele resposta, pois ele sabia que muito, mais muito raramente mesmo minha mãe saia de casa. Com um gesto de cabeça dizia que sim e saía correndo atrás dele e sua bicicleta. O padeiro parava na frente da porta de entrada da nossa casa e gritava:

— Dona Maria! Tem pão fresquinho hoje e o preço está baixinho também.

Lá de dentro da nossa casa humilde, surgia a minha mãe rodeada pelos meus três irmãos mais velhos e com o caçula no colo. A minha mãe era uma ótima quitandeira; ela era muito conhecida na região por suas broas e biscoitos que eram assados no forno de barro em formas de folha de bananeira; sendo a sua especialidade a broa de arroz.

— Seu padeiro, hoje o senhor custou a chegar.

— É Dona Maria, acho que estou ficando velho. Já não consigo mais pedalar esta bicicleta com tanta velocidade quanto há alguns poucos anos atrás.

Não precisava olhar com maior atenção para perceber que não fora somente o padeiro que tinha envelhecido. A sua bicicleta também tinha envelhecido muito. Os pneus carecas, a pintura enferrujada e as engrenagens desgastadas pelo tempo já não proporcionavam a mesma eficácia dos quinze anos atrás, em que a bicicleta fora comprada e adaptada para transportar as duas cestas de taquara para carregar os pães: uma cesta grande na frente e uma menor atrás. Na bicicleta ainda foi acoplada uma daquelas sombrinhas de praia, que servia para diminuir o castigo constante de sol e chuva.

O padeiro era um homem de pele parda, estatura mediana, aparentando uns cinqüenta e cinco anos de idade e que sempre andava com uma bermuda azul-marinho, uma camisa de manga comprida listrada e uma botina de couro.

Com a minha família reunida em volta das cestas de taquara, só faltava o meu pai que nesta hora já havia saído para tirar o leite das vacas; o padeiro levantava o pano branco e um cheirinho gostoso de pão chegava até os nossos narizes.

— Hoje, eu tenho pão de sal, pão de doce, pão tatu e pão sovado — dizia o padeiro e depois completava — quantos de cada a senhora vai querer.

— Só vou quer oito pães de sal hoje, pois não tive tempo de fazer muita coisa para trocar com o senhor — passando uma das mãos na cabeça, a minha mãe continua a explicação — tem dias que estas crianças deixam-me doida de tanta bagunça que fazem e não consigo fazer quase nada.

— Não tem problema Dona Maria, a senhora é minha melhor freguesa. Pode pegar o quanto quiser, depois a senhora faz mais daquela broa feita de arroz e estamos acertados — o padeiro parou de falar, deu uma olhada para o céu, acendeu um cigarro de palha, sorveu lentamente a fumaça do cigarro para os pulmões e continuou — na semana passada, tive muita encomenda daquela broa e falei com os outros fregueses que levaria em breve. Posso contar com a senhora.

Neste momento a minha mãe ficava toda envaidecida, pois gostava muito de receber elogios em relação às suas broas e biscoitos. Enquanto o padeiro continuava a fumar o cigarro e a soltar muita fumaça – que segundo ele mesmo, era para afugentar os mosquitos; minha mãe de cabeça baixa pensava e calculava as possibilidades de atender o pedido. Ela levantou a cabeça e afirmou:

— Pode contar comigo sim seu padeiro. Na semana que vem, a minha sogra vai passar uns dias aqui em casa e terei tempo para fazer uma grande formada de broa de arroz e, se o senhor quiser, faço um pouco de biscoito de polvilho de mandioca também.

— Acho que só vou quer a broa de arroz mesmo. Estamos na época da colheita da mandioca e em todas as casas por onde eu passo estão fazendo biscoito. Claro que nem todos os biscoitos são feitos com a mesma prática e nem em forno de barro como os da senhora. Poucas vezes vi tanto biscoito em minha vida como agora.

— Neste caso, além dos oito pães de sal, o senhor arranja-me também duas sacolas de pão sovado, pois vamos receber visita do pessoal da cidade hoje.

— Tudo bem Dona Maria.

Na mão do meu irmão mais velho, já estava uma bacia de alumínio onde o padeiro colocou os pães de sal e as sacolas do pão sovado para as visitas. Ao revirar a cesta para retirar os pães o padeiro deixou a nossa vista os brinquedos que estavam no fundo. Neste momento, meus irmãos e eu começamos a puxar a saia de nossa mãe e a pedir com insistência para ela comprar um brinquedo para nós. Ela brigava com a gente dizendo:

— Crianças, hoje eu não posso mesmo. As coisas não estão muito fáceis aqui em casa — e virando para o padeiro continuava — se eu não tiver um pulso firme essas crianças gastam todo o nosso dinheiro com brinquedos.

— Criança é assim mesmo Dona Maria. Vou dar um pequeno brinquedo par cada uma das crianças e depois quando a senhora puder compra mais.

Nós ganhamos realmente pequenos brinquedos, os meus irmãos mais velhos ganharam um apito cada um, eu ganhei uma língua-de-sogra e o nosso irmãozinho caçula ficou sem ganhar, pois o padeiro não tinha nenhum brinquedo para sua idade.

Depois de anotar em uma caderneta azul a venda, ou melhor, a troca que havia feito com minha mãe, o padeiro despediu-se dizendo que na outra semana voltava para buscar as broas de arroz. Como sempre, eu o acompanhei novamente até a porteira e fiquei esperando que ele sumisse na primeira curva da estrada rumo à outra casa; já com o sol clareando todo o dia.

Ao voltar para casa, encontrava minha mãe preparando os copos de café com leite e passando manteiga nos pães. Uma por uma, criança por criança, ela ia chamando e entregando um copo de café com leite e um pão inteiro ou somente um pedaço dependendo de nossa idade e fome logicamente. Em dias muito especiais, a manteiga do pão era substituída por fatias de salame e no lugar do café com leite, era servido suco de acerola ou limão.

Quando eu acabava de tomar meu meio copo de café com leite e minha metade do pão, ia levar uma caneca grande de café e um pão inteiro para o meu pai no curral que ficava na sede da fazenda. Chegando lá, o meu pai pegava a caneca com o café, tomava o café até ficar pela metade da caneca e completava-a com leite retirado diretamente das tetas da vaca fazendo até espumas. Ainda debaixo da vaca, ele pegava o pão e comia todo ele com duas ou três dentadas apressadas.

Nesta época tive o meu primeiro emprego que era correr atrás de uma mula. Assim que meu pai acabava de tomar o café com leite e de comer o pão, ele dizia:

— Pode ir para o pasto correr atrás da sua mula.

Eu caminhava uns quinhentos metros até um pasto que ficava do outro lado da estrada, passava no vão entre os fios de arame farpado, visualizava onde se encontrava a mula e, com a ajuda de uma corda, começava a correr atrás da tal mula com muitos gritos e gestos. O que acontecia era que a mula tinha um comportamento extremamente arisco; dava muitos coices e era quase que impossível pegá-la para colocar os arreios enquanto ela não estivesse cansada. Assim, o meu primeiro emprego consistia em cansar a mula, para depois que acabasse de ordenhar as vacas o meu pai viesse e conseguisse domá-la. A mula era realmente valente, ela gastava a cada dia mais tempo para se cansar. Em um determinado momento, já eram necessárias quase duas horas de corrida intensa para que ela aquietasse. Lá do curral, o meu pai via o momento em que a mula parava em um certo canto da cerca do pasto e ele sabia que aquele era o momento correto de pegá-la para colocar na carroça e levar o leite até a cooperativa de produtores rurais.

Como acontecia na minha casa, o padeiro era muito esperado por todos os moradores. Nas casas onde havia pessoas letradas o padeiro fazia papel de jornaleiro, vendendo revistas e dando jornais velhos para a leitura; nas casas dos analfabetos que eram a maioria o padeiro era solicitado para ler recados, cartas, bulas de remédio, folhetos entre outros, para ajudar aquele povo tão sofrido a ter um pouco de informação; nas casas que tinham parentes na cidade ele fazia o papel de carteiro levando e trazendo recados, notícias, cartas e bilhetes com os mais variados assuntos e temas:

Marta do Totonho. Minha filha Cleuza teve um menino com saúde, mas estamos precisando de roupas de bebê, pois fomos pegos de surpresa. Agradecida, Dona Julita do Senhor Francisco Barnabé

Senhor Antônio da Farmácia. Já faz quase uma semana que meu filho Marcelo não pára de ir à casinha, o senhor não tem um remédio para melhorar o estômago dele, se tiver manda com o padeiro que depois mando o dinheiro. Pedro da Fazenda Nova Invernada

Senhores Pais. Devido a um problema de saúde, eu não poderei dar aula durante os próximos quinze dias. Agradeço a compreensão de todos. Dona Glorinha, a professora do Colégio Nossa Senhora da Conceição

As pessoas que compravam os pães com dinheiro eram somente os fazendeiros, pois os empregados naquela época não recebiam uma remuneração digna; na sua grande maioria trabalhavam em troca de casa para morar e um pedaço de terra para plantar alimentos para a sobrevivência. Como não havia então dinheiro com boa parte dos fregueses, o padeiro tornou-se um mascate trocador; o que ele trocava em uma casa por pães, na outra trocava por uma galinha, ainda em outra trocava por farinha de mandioca ou milho de pipoca. Sendo que ao final os produtos da troca eram vendidos na cidade.

Certa vez, escutei uma conversa do meu pai com o padeiro, em que eles falavam sobre as dificuldades que os trabalhadores passavam nas fazendas e sobre a falta de reforma agrária no Brasil. Recordo ainda as últimas frases do diálogo:

— Senhor acha justo nos cuidarmos da terra há tanto tempo e não possuirmos nem um pedacinho de chão para chamar de nosso? — perguntou o meu pai em tom de tristeza.

— Repartir a terra que deveria ser de todos, parece uma redundância lingüística, mas é a mais pura realidade em um mundo em que não há igualdade — respondeu o padeiro assumindo ares de uma pessoa entendida no assunto.

Eu não entendi nada no momento, mas gostei das palavras e de como foram ditas. Hoje, compreendo melhor aqueles palavras após ter visto e sofrido na pele as conseqüências da má distribuição de renda no nosso país.

Lembro de uma certa ocasião em que eu fiquei com uma tremenda gripe, com direito a nariz escorrendo e garganta infamada. Passei vários dias só comendo um pouquinho de pão molhado no café e depois durante uns três dias não comia nada mesmo; além da garganta infamada, tudo o que eu comia era vomitado rapidamente. A minha mãe sempre me incentivava a comer algo, dizendo:

— Fala o que você quer comer que a mamãe compra.

Em um momento, falei para ela que o que eu queria comer era carne de peixe, podia ser traíra ou acará. Confesso que nunca tinha comido estes dois tipos de peixe, mas sempre ouvia falar que eram gostosos e muito difíceis de serem capturados com o anzol.

A minha mãe logo replicou:

— Mas estes dois tipos de peixes são os que possuem maior quantidade de espinhos. Será que você conseguirá comer com essa garganta assim toda inflamada?

O padeiro que estava em minha casa naquele dia esperando sair mais uma fornada de broa de arroz, disse:

— Dona Maria, desejo não se discute! Deixa que vou arrumar os peixes.

No outro dia à tarde, o padeiro chegou lá em casa com três enormes traíras ainda na fieira. Imediatamente, a minha mãe limpou e temperou as traíras, enquanto a gordura esquentava na panela. Sei que em poucos minutos eu estava comendo, com fome de mais de três dias, um enorme pedaço de traíra passado no fubá e depois frito. Se o peixe traíra possuía muitos espinhos como minha mãe disse na época, o meu desejo de comer era tão grande que não me deixou encontrar nenhum vestígio de espinho naquele dia.

Nunca conseguia ver o retorno do padeiro e sua bicicleta vindo do povoado em direção à cidade, pois ele retornava já tarde da noite e eu de tanto fazer minhas estripulias durante o dia ia dormir cedo, pouco depois que o sol se punha no horizonte. Em alguns dias, o sono era tão forte que eu não conseguia nem esperar para comer o mexidinho que era feito pela minha mãe com as sobras das comidas do almoço e da janta para nós por volta das dezoito horas. É, criança dorme muito mesmo.

Alguns anos depois, minha família mudou-se para outra fazenda em uma grota mais distante. Assim, eu fiquei sem a presença bem-vinda e esperada de um padeiro para alegrar as minhas manhãs. Mas ficaram e ainda estão presentes em minha vida os cheiros gostosos dos pães transportados por aquele padeiro e do café com leite feito por minha mãe para comer com os pães; sensações que não podem ser encontradas com o mesmo frescor nas padarias de hoje.

Dos muitos ensinamentos e palavras de valorização humana que ouvi o padeiro ambulante proferir, nos seus momentos filosóficos, não me recordo de muitos devido à distância da minha infância e o tempo presente. Mas carrego bem gravado no coração e na mente uma frase sua, que se tornou para mim um amuleto de sorte e um propósito de vida: é melhor cair no buraco algumas vezes do que nunca olhar para as estrelas.

 

OBS.: TEXTO ORIGINAL SEM EDIÇÃO.

LIVRO CONTO, RECONTO; ENCONTRO OUTRO CONTO II. ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO. EDITORA CARATINGA 2010.

 

ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO LIVROS (7)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

POESIA “PROVOCAÇÃO”

PROVOCAÇÃO

 

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LIVRO LABIRINTO POÉTICO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO. LANÇAMENTO EM BREVE!!!

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