sexta-feira, 26 de abril de 2013

LIVRO INFANTIL COMPLETO E INÉDITO “O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO”

LIVRO INFANTIL O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO

O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO

Neste livro, encontramos a história de um pássaro que passa por momentos difíceis ao se apaixonar por uma garota.

Um livro que demonstra que os sonhos podem-se concretizar em um momento ou outro, só dependendo da força de vontade com que buscamos concretizar nossos objetivos. Sonho que se torna realidade para quem não desiste de lutar.

* * *

Dedico esta obra às pessoas que sonharam

juntamente comigo e que possibilitaram a

concretização de mais este sonho.

A Deus, o Rei dos Reis,

aos meus familiares, aos amigos

de trabalho da SRE e a todos que

vivem intensamente seus sonhos.

 

Quando queremos algo com muita expectativa,

devemos estar preparados para sua concretização,

para não sermos engolidos pela ansiedade.

José Maria Cardoso

 

O PÁSSARO QUE QUERIA VIRAR UM SAPO

Em um lugar distante, em um tempo também distante, vivia um pássaro. Não era um pássaro famoso, daqueles que se coloca um nome, mas um pássaro qualquer, daqueles que ninguém dá valor ou quer ver por perto.

O pássaro vivia sozinho, pulando de galho em galho, de uma árvore para a outra sem muita direção. Ele gostava de beliscar as frutas antes de madurarem e de quando em quando voava no céu azul, céu azul sim; pois naquela época, ainda não fora poluído pelas fumaças das chaminés das fábricas, pelos escapamentos dos carros...

Um dia, voando próximo de um castelo, o pássaro ouviu o som de muita música, risadas e até gritos de felicidade; só podia ser uma festa, foi o que ele pensou. Realmente, era uma festa muito bonita e animada. Parou em uma das janelas e passou a compartilhar daquele momento de felicidade para tantas pessoas.

Do coração do pássaro, começou a surgir um sentimento de profunda tristeza, bem em contraste com a alegria que vinha do salão, bem na sua frente. Do meio das muitas pessoas que estavam dançando, o pássaro viu surgir uma linda garota. Cabelos negros como a noite, olhos espertos como de uma fera durante a caça, rosto meigo, um sorriso mais lindo que o luar, pele morena e corpo estilo violão. O pequenino coração pássaro praticamente parou de bater naquele momento, foi uma paixão instantânea e arrebatadora.

Sonhando acordado, o pássaro pensou estar dançando bem agarradinho com aquela linda garota. Os dois, no centro do salão de festas, bailavam ao som de belas canções de amor, enquanto as outras pessoas da festa batiam palmas para a maestria que havia na dança do casal. Um casal que vivia um momento e um romance impossível, pois ele era um pássaro; ela uma garota.

Vindo, não se sabe de onde, uma pedra minúscula acertou a cabeça do pássaro, lhe tirando dos seus sonhos de paixão. Com a mesma velocidade da pedra, a realidade acertou o pobre pássaro. Pobre de amor, pobre por viver um amor impossível, pobre por conhecer o amor. Ele bateu as asas rapidamente, deixando para trás a festa, a imagem da garota e os seus melhores sonhos.

Muitos dias, muitos meses, anos passaram-se, e cada dia, o pássaro ficava mais tristonho. Há muito tempo mesmo, não mais pulava de galho em galho, nem beliscava mais também as frutas antes de madurarem. O medo de voltar ao castelo, ser novamente atacado por alguma pedra e a saudade da garota tirava a felicidade do pássaro. Em um certo momento, ele já estava tão fraco e triste que caiu do galho da árvore onde passara os últimos meses de sofrimento.

No chão, quase sem vida, o pássaro visualizou mais uma vez a imagem da garota dançando ao seu lado; sentiu saudade dos seus cabelos negros como a noite sambando ao som de uma linda música. Neste momento, ele pensou:

___ Talvez seja melhor ser um sapo. Os sapos não podem voar, não podem pular de galho em galho, mas quando são beijados por uma linda princesa tornam-se majestosos príncipes. E o melhor, sempre, o príncipe acaba casando-se com a princesa no final da história.

Com todas as forças que lhe restavam de seu corpo inerte, o pássaro implorou à Fada da Floresta:

___ Oh, Fada da Floresta! Quero que me transforme em um sapo, para um dia poder reencontrar a minha linda garota, minha querida princesinha!

O vento parou de soprar, as folhas das árvores silenciaram o seu murmúrio e o próprio tempo cessou seu movimento continuo, para poderem reverenciar a Fada da Floresta. A Fada da Floresta havia ouvido as súplicas do pássaro. Ela caminhou em direção ao pássaro, encostou sua varinha encantada na cabeça dele e transformou-o em um grande sapo: um sapo-boi. O pássaro, que agora era um sapo, olhou para a Fada da Floresta com muito carinho e saiu pulando para o lago mais próximo; todo feliz.

Os dias passam, as semanas passam, os meses passam, os anos chegam e nada do pássaro-sapo encontrar novamente a sua linda garota. Ele, agora, percebia que não havia feito uma boa escolha ao pedir para ser um sapo, pois sem voar era quase impossível chegar até as janelas do castelo e rever sua princesinha.

Vários anos depois, a garota, a princesinha do sapo, transformou-se em uma linda mulher; uma linda princesa cobiçada por todos os príncipes dos Reinos vizinhos. Ela era conhecida como a Princesa Formosa.

Um certo dia, a Princesa Formosa saiu para passear próximo do bosque onde havia um lago muito bonito. Mesmo estando sozinha, a princesa correu na relva, brincou com as borboletas, molhou os pés no lago e depois, deitou-se sobre um tronco velho de árvore para descansar e dormiu profundamente. Sem que ela percebesse a noite chegou. E com a noite, os bichos assombrosos da floresta começaram a rodear a princesa. A Princesa Formosa acordou assustada com a noite escura e com o som horrível que era produzido pelos bichos. A cada segundo, ela ficava mais apavorada e sem saber que rumo tomar naquela escuridão toda.

Os sons, produzidos pelos bichos, foram ficando cada vez mais fortes; na verdade, insuportáveis para uma pessoa sensível como a Princesa Formosa. Ela estava realmente apavorada e preste a perder a consciência de tanto medo. Mas eis que rapidamente, como em um passe de mágica, outro som começa a abafar os anteriores. Era o som realizado por um sapo-boi, que coaxava sem parar. O som produzido pelo sapo-boi conseguiu afugentar os outros bichos, que foram para o outro lado do bosque. Um silêncio profundo envolveu novamente o ambiente. Ainda em estado de choque, a Princesa Formosa caiu no chão, já desmaiada.

No outro dia, os primeiros raios do sol fazem com que a princesa acorde de vez de seu pesadelo da noite anterior. Do seu lado estava um enorme sapo-boi, como que mantendo a guarda dela. A princesa olha para o sapo-boi e sente enorme ternura por ele, pois sabia que fora aquele sapo o responsável por afugentar os bichos que a apavoraram durante a noite. A Princesa Formosa disse, com carinho:

___ Meu sapo-herói! Meu herói-sapo!!!

A Princesa Formosa segura o sapo entre as mãos, olha bem para os seus olhos lacrimejados e lhe dá um beijo de agradecimento e ao mesmo tempo apaixonado. Um feixe de luz invade o lugar e o sapo, o ex-pássaro, transforma-se em um homem; um charmoso príncipe. Um misto de espanto e felicidade invade os dois. Após alguns segundos de expectativa, o Príncipe Charmoso e a Princesa Formosa abraçam-se longamente, era um abraço apaixonado e agradecido.

O príncipe e a princesa voltam para o castelo, contam o acontecido para todos e daí a poucos dias eles casam-se e vivem felizes para sempre.

OBSERVAÇÃO: TEXTO ORIGINAL SEM EDIÇÃO / EDITORAÇÃO, ANTERIOR AO ACORDO ORTOGRÁFICO.

 

ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

sábado, 20 de abril de 2013

COLEÇÃO COMPLETA LIVROS ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO

coleção completa livros escritor josé maria cardoso

 

1. Totalidade Humana “Em Busca da Vida”, Editora Caratinga, 2004.

2. Totalidade Humana II “Vidas Especiais”, Editora Caratinga, 2005.

3. Conto, Reconto; Encontro Outro Conto, Editora Caratinga, 2008.

4. Conto, Reconto; Encontro Outro Conto II, Editora Caratinga, 2010.

5. I Prêmio de Poesia Cidade das Palmeiras, Editora Caratinga, 2010.

6. A Rebelião dos Livros, Editora Caratinga, 2010.

7. Recortes Poéticos, Editora Internacional EMOOBY, 2011.

8. II Prêmio de Poesia Cidade das Palmeiras, Editora Caratinga, 2011.

9. Ápeiron – Uma Última Esperança, Editora Internacional EMOOBY, 2011.

10. Globalização Poética, Editora Caratinga, 2012.

11. Poesia dos Momentos de Nós Dois, Editora Independente 2012.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

CONTO DIALOGADO “COLOCANDO A CONVERSA EM DIA”

COLOCANDO A CONVERSA EM DIA

— Oi Vera, há quanto tempo?

— É faz muito tempo mesmo!

— Está indo para onde?

— Para Santo Antônio, mas estou levando somente uma das minhas crianças.

— Você tem quantas crianças?

— Três.

— Você já se casou?

— Casei que nada.

— Mas tem que casar?

— Casar, Deus que me livre disso!

— E a segurança de seus filhos? Você não pensa nisso?

— Não gosto de ficar presa a homem nenhum. Mulher casada é igual a passarinho na gaiola. Ainda quero um pouco de aventura nesta vida.

— É mesmo! E seu marido não tem ciúmes?

— Morre de ciúme de mim. Ele me trouxe no ponto e ficou dando uma porção de recomendações.

— E seus pais, como vão?

— Não gosto nem de lembrar. Os dois morreram no ano passado; com apenas uma diferença de trinta dias um do outro. O meu pai morreu primeiro e depois, de tristeza, a minha mãe também morreu.

— Foi alguma doença que pegou os dois?

— Nada de velhice mesmo.

— Você é a caçula lá da sua casa, não é?

— Não! Você não se lembra dos meus irmãos?

— Juro que não me lembro mesmo.

— Pois é! Eu sou a do meio. Tenho um irmão mais velho e uma irmã mais nova do que eu.

— Estou tentando puxar pela memória, mas acho que não lembro realmente deles.

— O meu irmão é o Jackson, mulherengo igual a ele eu desconheço. Ele já “juntou” com mais de umas dez mulheres. Só as que eu fiquei sabendo.

— Dez mulheres? Ele deve ser muito bonito?

— Que nada! Eu não entendo essas moças de hoje, não podem ver um homem em uma “motoca” que já vão logo querendo agarrar.

— E sua irmã?

— Ela acabou de ganhar um bebê.

— Ela é casada?

— Também não. Ela escondeu a gravidez até não poder mais. Quando ficamos sabendo, ela já estava com um barrigão enorme. Mas a criança é uma linda menina muito sorridente. Estou indo visitá-la.

— E agora, o pai da criança assumiu a responsabilidade?

— Que nada. O pai da menina é um adolescente como a minha irmã mesmo, daqueles que os pais é que sustentam pela vida afora. Depois que a criança nasceu, os dois terminaram o namoro e pronto.

— Nossa! Que história complicada a da sua família. Ainda bem que eu sou filha única.

— Sorte a sua mesmo. Família é muito bom por um lado, mas pelos outros lados dá um trabalho danado.

— E como a sua irmã está arrumando?

— A sorte dela, é que ela ficou com a casa em que moravam os nossos pais. Sem emprego e sem estudo ela só consegue cuidar da menina, sobrevivendo com o pouco que a gente pode ajudar e da caridade dos desconhecidos.

— Nossa!

— Quando alguém aparece para visitá-la, ela não cabe em si de alegria. Pois passa a maior parte do tempo sozinha, sem ninguém para conversar sobre as suas amarguras. Mas a vida é assim mesmo, cada um colhe o que plantou.

— É hora de descer.

— Até outro dia!

 

LIVRO DE CASO COM O ACASO, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO. A SER LANÇADO EM BREVE.

 

DE CASO COM O ACASO