segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CAPÍTULO 1 LIVRO ÁPEIRON – UMA ÚLTIMA ESPERANÇA

CAPÍTULO 1

O ALVORECER DOS SOBREVIVENTES

Murion – 3025

A Galáxia Gálica, uma das menores do Quadrante Fênix Superior, possuía três sistemas planetários e milhares de asteróides fragmentados. Em um destes sistemas, estava o maior de seus planetas, o árido Murion. O planeta Murion era aproximadamente do tamanho do antigo satélite da Terra, chamado de Lua. (A Lua que foi, primeiramente, fragmentada por mineradores que descobriram nela um mineral chamado “pspatso”, mais valioso do que o ouro; depois no ano 2450, recebeu um último golpe fatal, um gigantesco meteoro atingiu-a, varrendo-a do espaço. Milhares de fragmentos da explosão da Lua alcançaram o planeta Terra, complicando ainda mais a situação que já era infernal, provocando também milhares de mortes. Mesmo com as tentativas de destruí-los ainda na rota de colisão, com mísseis teleguiados, muitos caíram no solo. O momento de sua destruição pode ser visto da Terra: um espetáculo de horror que acontecia sobre a cabeça dos humanos.) Murion possuía uma atmosfera parecida com a do planeta Terra. Não da atmosfera terrestre de agora, mas sim, muito parecida com a do planeta Terra do século XIX. Ele era iluminado pela estrela “Lós”, uma estrela média de quatro bilhões de anos. A grande diferença entre os dois planetas estava em sua reduzida capacidade hídrica, de difícil acesso e não-renovável. Ele era desabitado por espécies inteligentes, possuindo somente algumas formas vivas rudimentares, que pareciam as aranhas terrestres.

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Mas como poderia ter sobrevivido alguém após toda aquela guerra, que assolara todo o universo conhecido?

Os humanos que estavam em Murion haviam sobrevivido por uma obra da engenhosidade e fatalidade. Durante a Grande Guerra, quando as batalhas alcançaram os céus de Murion, o planeta foi brutalmente atacado por ter sido considerado como um refúgio de rebeldes afroeuroasiáticos. Bombas e mais bombas americanas foram lançadas no solo muriônico, deixando-o completamente destruído. Mas o que os americanos não contavam, era que vários metros abaixo do solo havia grandes galpões semi-suficientes, que eram utilizados, no passado, para o acontecimento de festas e jogos clandestinos, onde só participavam os maiores magnatas do universo. Com o enfraquecimento das viagens turísticas e de lazer ao planeta, e devido à própria guerra, estes galpões passaram muitos anos desativados. Até que várias naves rebeldes atracaram no planeta, já bastante destruído, sendo que a falta de vigilância no local facilitou o encontro rápido destes lugares. Eles foram equipados com aparelhos de “antilocalização”, recebendo também uma fortificação especial. Quando os ataques cataclísmicos começaram, estes locais, apesar de sofrerem grandes abalos e alguns desmoronamentos, resistiram com eficiência. A falta de informação por parte dos americanos destes locais também foi decisiva, pois um ataque de infantaria encontraria facilidade para uma destruição do local, pois os rebeldes só contavam com poucas armas e menos munições ainda nos últimos dias de guerra.

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Os sobreviventes da grande guerra do fim do terceiro milênio passaram por grandes dificuldades, viver em um planeta hostil e destruído pela ignorância de seus antepassados, talvez sozinho no universo; agora era o destino deles. Os muriônicos, como eles gostavam de serem chamados, reconstituíram parcial e rudimentarmente a cidade de Brats, um antigo centro de lazer e jogos do planeta, que em muito lembrava a Las Vegas terrestre. Durante muitas décadas eles estiveram privados dos confortos da modernidade, recomeçando as suas vidas através do que tinha restado de máquinas poderosas, que agora eram um monte de destroços. O trabalho manual voltou a ser a principal fonte geradora de sustento e sobrevivência daqueles renegados pela guerra e sobreviventes do acaso; a humanidade praticamente vivia novamente a fase da “Pedra Lascada”, de milhares de anos atrás na Terra.

As enormes adversidades pelas quais passaram os sobreviventes humanos nos primeiros anos após a Grande Guerra, em Murion, fizeram surgir como nunca visto antes a paixão pelo sobrenatural, pois somente o que os mantinham vivos era a esperança de que uma força maior estava na dianteira deles, guiando-os. Muitas lendas e profecias foram criadas para sinalizar esta esperança do povo. Uma das lendas dizia que um grande pássaro levaria, em seu interior, os humanos para um planeta onde as águas eram transparentes e preciosas como o diamante. Outra profecia fala sobre um pequeno grupo de pessoas especiais na inteligência, que conduziriam destemidamente o povo muriônico para o caminho da verdadeira conquista da paz. E ainda uma terceira lenda profetizava que um casal teria uma criança vinda da “luz-criadora” e que este casal governaria o paraíso que se tornaria o planeta dos humanos. O povo tornou-se, por excelência, místico, apegados às forças da natureza e na valorização de suas vidas, como forma de continuarem a viver acima das condições contrárias do tempo, do lugar, da própria condição humana...

Entre os sobreviventes, sobressaiu-se a figura de um homem chamado Ptolomeu. Ele organizou os sobreviventes em grupos ordenados em função do trabalho, contribuindo grandemente para a eficiência das atividades, transformando aos poucos o cenário desolador que havia no planeta em um local habitável. Mais tarde, depois que as condições de vida em Murion já estavam próximas das ideais, Ptolomeu transformou-se no primeiro governante de Murion, sendo de sua responsabilidade e de sua família as conquistas que o povo muriônico conseguiu e teria no futuro. Mas com o crescimento da população, várias aldeias são formadas nas áreas mais distantes da capital Brats. Estas aldeias, e principalmente, as do Deserto de Amazom, que ocupava mais da metade do planeta, passaram a ter chefes ou governantes próprios, não mais obedecendo às ordens diretas de Ptolomeu. Depois de vários conflitos sangrentos entre as tribos disputando território, Ptolomeu conseguiu reunir os muitos “chefes tribais” em uma Corte Única de Governo; onde cada chefe tribal continuava a ter poderes sobre sua aldeia, mas também a compartilhar das decisões de assuntos comuns a todo o planeta. Os “chefes tribais” passaram a serem chamados de Conselheiros, sendo Ptolomeu o Conselheiro Supremo.

Os anos passam, e com eles, vai surgindo uma nova comunidade de humanos desenvolvidos nas pequenas tecnologias, no controle sobre alguns fenômenos naturais e igualdade social entre eles. Do controle sobre a natureza, vinha a principal fonte de energia do planeta – já que ele dispunha de pouquíssimos recursos energéticos fósseis. Murion sofria diariamente o ataque de fortíssimos ventos, que foram canalizados para produzirem energia eólica através de enormes cata-ventos. Ao longo de aproximadamente mil anos, os muriônicos conseguiram alcançar uma evolução comparável à da época de esplendor da Terra. Surgem grandes cidades totalmente auto-suficientes e com grande número de pessoas. Neste ambiente favorável, a população de Murion cresce em um ritmo assustador, em três séculos os habitantes do planeta já passavam de três milhões, e agora, mil anos depois eles já eram mais de três bilhões de habitantes. Este fato ou salto incrível do número de habitantes era possível, graças às tecnologias, que possibilitavam aos seres humanos viverem quase o triplo do que seria normal. Além disso, o número de nascimentos era enorme – consequência da liberdade sexual presente no planeta –, incentivada pelos governantes, que viam em uma grande população a solução para uma rápida volta ao espaço, e a reconquista do universo que antes pertencera totalmente aos seres humanos. Na verdade, a superpopulação poderia trazer grandes problemas para a vida naquele planeta, mas era o que menos queriam pensar no momento.

Todos os recursos que eram devolvidos ao governo, através dos impostos, transformavam-se em novas tecnologias, principalmente as militares e a espaciais. Grandes centros tecnológicos foram construídos com esta finalidade, onde os mais conceituados especialistas em várias áreas do conhecimento investiam pesado em novas descobertas. Para conseguir bons profissionais o governo formou um arrojado Sistema Educacional, que dispunha de todos os recursos necessários para a formação dos melhores profissionais. A mais famosa das escolas da época era conhecida como a Cyber-School, totalmente computadorizada, interligada com os maiores gênios da atualidade, um acervo eletrônico reunindo o melhor do pensamento científico do passado e do presente; verdadeiramente ela era o sonho de qualquer aluno dedicado. Estudar nesta escola era sinônimo de um futuro brilhante. Os vários cursos preparatórios de ensino do planeta tinham como objetivo primordial que todos os alunos pudessem passar em seus rigorosos métodos de seleção. Os principais líderes, que agora governavam o planeta com sabedoria, sentaram em suas cadeiras virtuais um dia para estudar. Daí vinha o valor que eles davam ao estudo, pois sabiam que uma nação se faz próspera através do conhecimento.

Algumas pequenas viagens ao espaço já estavam acontecendo há algum tempo, porém constituíam pesados ônus para a sociedade muriônica, pois os astros próximos do planeta Murion não tinham nada a oferecer a eles pelos gastos necessários para suas explorações. É que todos haviam sido transformados em desertos na Grande Guerra, e bem antes disso as naves cargueiras da Terra já haviam retirado basicamente todos os recursos minerais de seus subsolos. A cada novo dia, missões e mais missões tripuladas eram enviadas a lugares mais distantes, à procura de recursos como os metais leves, que eram importantes para o desenvolvimento de novas tecnologias.

 

Apeiron

LIVRO ÁPEIRON – UMA ÚLTIMA ESPERANÇA, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO, EDITORA EMOOBY 2011. LIVRO À VENDA NAS PRINCIPAIS LOJAS DA INTERNET. É SÓ PROCURAR PELO TÍTULO DO LIVRO, AUTOR OU EDITORA EMOOBY.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

PRÓLOGO DO LIVRO ÁPEIRON – UMA ÚLTIMA ESPERANÇA

PRÓLOGO

TERRA: UM PLANETA POSSUÍDO PELA DESTRUIÇÃO

Depois do ano 2880 d.C. o homem conquista definitivamente o espaço. Várias colônias interplanetárias são construídas, até em outras galáxias. Milhares e milhares de naves, de todos os tamanhos e tipos, invadem o Cosmo. Elas transportam os mais preciosos produtos, símbolos do poder e da superioridade humana. A Terra torna-se receptora de todas as tecnologias extraterrestres e das novas invenções virtuais, que levam a humanidade ao mais alto grau da evolução. Satélites e mais satélites interligam todo o universo conhecido, fazendo a comunicação na velocidade da luz ser uma realidade. Com um sistema de monitoramento que permitia encontrar qualquer indivíduo, em qualquer lugar, em questão de segundos.

Mas a evolução científica também fez surgir como nunca a ganância pelo poder e pela supremacia bélica. Os povos da Terra foram reunidos em dois grandes blocos os Países Unidos da América e a Afrieuroásia. Dois blocos poderosíssimos e de grande rivalidade entre eles, que dividiam entre si todos os recursos materiais terrestres e os vindos das partes exploradas do universo. Os blocos econômicos, Comunidade Européia e Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), começados no início do terceiro milênio foram os principais responsáveis pela transformação do mundo nestes dois blocos, com o fim da soberania de todos os outros países.

Os problemas ecológicos são agravados ao máximo. As fontes de águas potáveis já não existiam em condições normais; as geleiras polares que pareciam serem eternas desapareceram com o aquecimento global, fazendo com que milhares de cidade, à beira mar, desaparecessem sob as águas; os terremotos e catástrofes naturais eram diários e fulminantes. O efeito estufa desestabilizou completamente o clima do planeta, sendo ele hora castigado por terríveis e torrenciais chuvas ácidas; já em outra hora era, invadido por um sol infernal de aproximadamente 55º. A inconstância do clima provocava também descargas elétricas extraordinárias, que levavam o horror a toda a população. A grande produção tecnológica colocara a humanidade em um patamar de evolução enorme, mas provocou a transformação de partes do planeta em verdadeiros continentes formados pelos lixos industriais e residenciais. Para contornar um pouco os problemas com os restos industriais e residenciais, enormes Balsas Lixeiras eram enviadas a pequenos planetas ou até asteróides com a incumbência de transportar o lixo. Mas ainda não era a solução definitiva, pois estes mesmos lixos quando encontravam um ambiente atmosférico diferente do terrestre, nos chamados Planetas Depósitos, sofriam mutações diversas, contaminando uma vasta área ao seu redor principalmente com gases letais. Os 20 bilhões de habitantes miseráveis do planeta Terra, que moravam nestes continentes transformados pelo lixo e outras áreas periféricas, eram acometidos por doenças terríveis. Como o câncer de pele, causados por exposição aos raios ultravioletas, - o buraco de ozônio era a própria atmosfera; mutações e defeitos físicos ou genéticos, provocados por contaminações radioativas; as explosões atômicas eram uma constante entre os terroristas. Mas por outro lado, os poderosos moravam em lugares protegidos por cúpulas eletromagnéticas, que impediam o contato com o meio externo; estes recantos mantinham as condições ambientais do início do século XX, eles eram cheios de ricas biodiversidades e livres principalmente da poluição. Estes locais ficavam em sua maioria na área antes conhecida como a Amazônia Equatorial Brasileira, que foi transformada em um local de Conservação Ambiental da Humanidade no final do século XXI, uma idéia excelente de preservação que foi deturpada para favorecer ao poder dos poderosos. Estes “biomas” eram cobiçados por todos e motivo de muitas disputas entre os Países Unidos da América e a Afrieuroásia. O quadro geral do planeta, que no primeiro momento pode parecer terrível, com certeza, estaria muito pior se não fosse o trabalho constante dos planetólogos: ecologistas especializados em reverter situações de destruição relacionadas ao planeta. Que procuravam conscientizar a população espalhada por todo o universo; colocando como sendo a Terra a casa dos seres humanos por excelência, portanto, ela deveria ser muito bem cuidada. Mas este não era o mesmo pensamento dos poderosos, que perseguiam os “Grupos de Controle Ambiental” com grande rigor e crueldade.

O desenvolvimento tecnológico tornou os seres humanos grandes destruidores de outros planetas e satélites. Com a falta de recursos energéticos minerais na Terra, naves mineradoras percorriam vastas extensões do universo atrás destes recursos, que eram retirados sem qualquer controle, havendo muitos desperdícios na produção, fazendo com que cada vez fosse necessário ir mais longe para manter a produção industrial aqui na Terra em alta. Estes recursos energéticos eram usados principalmente na dessalinização e purificação das águas salgadas, que constituíam agora as únicas fontes dos recursos hídricos, pois com o aumento do volume dos oceanos, basicamente todas as fontes de águas doces foram contaminadas por sua salinidade, matando as poucas vegetações que existiam nestes locais, causando consequentemente a desertificação da terra e o fim das nascentes. O processo utilizado na dessalinização gastava uma quantidade muito grande de energia, isto provocava uma corrida cada vez maior pelos recursos energéticos. A progressiva escassez de recursos energéticos fazia aumentar a cada dia a fúria entre os Americanos e os Afroeuroasiáticos, que lutavam com todas as forças para conseguirem dominar um ao outro e pela sobrevivência de sua população que sofria com a falta das águas em condições ideais de serem ingeridas.

Em um universo totalmente voltado para o tecnológico, onde as Ciências respondiam todos os questionamentos, onde quase tudo podia ser criado pelas mãos humanas e o sofrimento dos pobres era contrastado com a fartura dos poderosos, as pessoas passaram a não mais acreditarem na existência de uma força criadora ou que regia o universo. As religiões milenares simplesmente desapareceram do meio da população geral, alguns vestígios delas ainda podiam ser encontrados, mas em mosteiros ou igrejas que tentavam resistir através da fé aos constantes ataques dos céticos contra a vida de seus seguidores. Na verdade, nem podiam ser chamados de igrejas ou mosteiros, pois se tornaram brutalmente fortificados e armados belicamente para sobreviverem a estes ataques; sair dessas igrejas-fortaleza significava morte certa para o religioso ou adepto; dentro delas as situações de privações materiais levavam também muitas pessoas ao suicídio individual e coletivo.

A tão sonhada paz estava longe de acontecer. Ao longo dos séculos os povos foram aperfeiçoando suas armas e também a ganância, o poder que os humanos tinham em suas mãos era tão grande que só faltava o aniquilamento total do inimigo, que também tinha o mesmo propósito. As condições de sobrevivência foram tornando-se cada vez mais complicadas, levando os blocos rivais a travarem a maior guerra já vista em toda História da humanidade. De um lado, o poderio americano era composto por soldados geneticamente modificados, tanto na força como na crueldade para com o inimigo, as mais poderosas armas bélicas telecinéticas, que eram comandadas pelo pensamento do portador, o que as tornavam precisas e rápidas; além de possuírem a bomba de Xenônio, dez mil vezes mais poderosa que a antiga bomba de Urânio, ou cinco mil vezes mais potente que a bomba de Hidrogênio; ela era conhecida como Bomba Pandora 54. Do outro lado também, o exército dos afroeuroasiáticos era formado por clones dos seus melhores guerreiros, programados para matar com alta precisão, com crueldades e astúcias nunca vistas anteriormente, suas armas que disparavam radiações letais a grandes distâncias, eram capazes de destruir exércitos em frações de segundos.

Naquele contexto, só faltava um acontecimento mais importante para a guerra ser deflagrada entre os dois blocos rivais. O que ocorreu com a descoberta de uma enorme mina de recursos minerais e energéticos em um planeta muito distante da Terra, conhecido como Planeta Control-X. Os dois blocos reivindicaram a posse da mina de recursos minerais e energéticos à Confederação Internacional de Minério e Recursos Energéticos quase que ao mesmo tempo. Após um longo período de disputa no campo da diplomacia, o bloco representado pelos afroeuroasiáticos saiu vencedor ficando com o direto de explorar e comercializar sem restrições os recursos minerais e energéticos vindos do Planeta Control-X. O bloco dos americanos não aceitou a decisão da Confederação Internacional de Minério e Recursos Energéticos e declarou guerra aos afroeuroasiáticos.

A guerra tornou-se sangrenta e desumana ao máximo, prolongando-se por mais de 25 anos, por todas as partes do globo, além de atingir todos os confins das galáxias. O espaço transformou-se em uma embaralhada confusão de naves militares americanas que varriam todas as suas regiões para combater os esconderijos dos inimigos rebeldes: os afroeuroasiáticos. Que por outro lado também procuravam destruir os redutos militares e até civis dos inimigos americanos. A guerra espacial destruiu basicamente todas as colônias de humanos que viviam no espaço, destruindo também os recursos tecnológicos e as principais fontes de energia. O que era justificado como uma forma de deixar o inimigo sem condições de produzir novas armas. No estágio em que a guerra encontrava-se, qualquer um dos dois lados que fosse considerado vencedor não teria muitos motivos para a comemoração, pois seria o dono de um universo decadente, com poucas condições de progressos em curto espaço de tempo.

Exatamente no dia 06 de agosto de 3015 d.C., depois da morte de mais da metade da população da Terra, os americanos, em um ato de extrema crueldade, lançaram uma enorme bomba de Xenônio (Pandora 54) sobre o último ponto de resistência de seus inimigos afroeuroasiáticos. O resultado foi muito maior que o esperado, pois o ataque atingiu diretamente um depósito subterrâneo de armas químicas de alta-tensão, onde estavam guardados milhares de produtos bélicos e bombas inimigas, provocando uma grande reação em cadeia, como enormes ondas de calor, que causaram a destruição de todas as formas de vida no planeta Terra, transformando os continentes em grandes desertos radioativos, e os oceanos em lugares cheios de águas sem vida. O líquido da vida: a água, agora era um líquido letal. Durante a explosão, as águas do mar foram aquecidas em milhares de graus Celsius, enormes ondas fervilhantes consumiram o íntimo do planeta. A explosão também alcançou o espaço destruindo todas as naves americanas que estavam reunidas nas proximidades da Terra. Estas naves estavam concentradas ali para uma futura comemoração da vitória, mas o que viram na verdade foi a destruição da biosfera da terrestre e o próprio fim de sua tripulação. Uma cena tão absurda de se pensar, mesmo para a mente dos mais renomados ficcionistas da época; uma cena impossível de acreditar, tinha acabado de acontecer. O planeta Terra destruído, o ser humano consumido pela sua própria ignorância.

Como efeito da explosão, criou-se uma grande camada de poeiras, pedras e resíduos químicos em volta da Terra, que obstruíram os raios solares, fazendo com que a temperatura abaixasse para menos 270º C, porém não havia gelo, a grande concentração radioativa presente no ambiente, não possibilitava esta ocorrência, era o chamado “Inverno Nuclear”. A Terra transformou-se em uma grande massa cósmica sem guerra, mas sem vida.

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Na Galáxia Gálica, em um pequeno planeta chamado Murion, distante milhares de anos-luz da Terra, que era uma antiga base de lazer, encontrava-se uma pequena contingência de sobreviventes terrestres, mas totalmente sem condições de retornarem ao seu planeta natal.

Apeiron 

LIVRO ÁPEIRON – UMA ÚLTIMA ESPERANÇA, ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO, EDITORA EMOOBY 2011. ESTE LIVRO ESTÁ À VENDA NAS PRINCIPAIS LOJAS DA INTERNET. É SÓ PROCURAR PELO TÍTULO, PELO AUTOR OU EDITORA.

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sábado, 6 de agosto de 2011

RESENHA LIVRO “ÁPEIRON - UMA ÚLTIMA ESPERANÇA”

RESENHA

ÁPEIRON - UMA ÚLTIMA ESPERANÇA

ÁPEIRON - UMA ÚLTIMA ESPERANÇA é um livro que mistura a ficção e a realidade de uma forma tão envolvente e concreta que se tem a impressão que realmente aconteceram todos os fatos nele narrados: destruição total de todas as formas de vida da Terra, viagens interplanetárias em feixe de luz, dimensões paralelas, uma pedra com poderes ilimitados, seres humanos bicentenários... Efeito este de confundir o leitor provocado pelos verbos colocados no passado, mesmo com a história do livro acontecendo entre o ano 2880 d.C e o ano 4500 d.C.

O livro conta uma história fantástica em que a ganância da humanidade elimina todas as formas de vida do planeta Terra. Os únicos sobreviventes, humanos, estão em um planeta distante, chamado Murion. Neste lugar os sobreviventes formam uma nova sociedade de humanos, mas a falta de água naquele planeta, faz com que saiam à procura de um novo lar ou planeta. Nesta busca, eles acabam voltando ao planeta de origem, o planeta azul, a Terra; onde a contaminação radioativa ainda é muito grande, sendo a única chance de salvação para todos a ÁPEIRON: uma pedra com poderes ilimitados, mas que precisa ser encontrada. Um relato emocionante do pós-fim dos tempos, chamando atenção para os cuidados com o planeta Terra no tempo presente.

Em ÁPEIRON - UMA ÚLTIMA ESPERANÇA recria-se as maiores lutas do homem de todos os tempos e a capacidade do ser humano em sobreviver e superar as tragédias por ele provocadas, com a ajuda de uma força maior que está presente na própria Terra e em seus elementos formadores. Na verdade são várias histórias dentro de uma história maior que se confunde com História da própria humanidade do passado, do presente e do futuro.

Um livro para se ler com o coração aberto e a imaginação a todo o vapor.

Apeiron

ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO, ÁPEIRON – UMA ÚLTIMA ESPERANÇA, EDITORA EMOOBY 2011. À VENDA NAS PRINCIPAIS LOJAS DA INTERNET.

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

POESIA RAIO DE ILUSÃO

RAIO DE ILUSÃO

 

Saiu de casa sem pressa alguma

Andou até a padaria cambaleante

Comprou um sonho açucarado

E saiu pelo mundo voando rápido

Em um raio colorido de ilusão.

ESCRITOR JOSÉ MARIA CARDOSO, LIVRO GLOBALIZAÇÃO POÉTICA.

 

GLOBALIZACAOPOETICA